Em venda técnica, o relacionamento também conta!
Em cenários de venda técnica, é comum que os fatores decisivos sejam as características objetivas do que você vende — como rendimento, durabilidade, produtividade e compatibilidade técnica.
No entanto, também é muito comum observarmos perdas de vendas, mesmo quando o produto é tecnicamente compatível e de alta qualidade. E, na maioria das vezes, a causa não está no produto em si, mas na estratégia comercial — ou na falta dela.
A primeira venda é da sua impressão
Antes de qualquer negociação, a primeira venda que acontece é a da impressão que você causa.
E essa impressão começa
nos canais de comunicação disponíveis — site, e-mail, ligação, mensagem, redes sociais…
Como diz o ditado:
“Você não tem uma segunda chance de causar uma boa primeira impressão.”
E mais do que isso: ao falar com pessoas, não basta o que você diz — importa como o outro recebe o que você diz.
Como o cérebro processa a sua comunicação
No livro Apenas Ouça (Just Listen), o consultor americano Mark Goulston — conhecido por treinar negociadores do FBI — explica que a forma como comunicamos ativa três partes distintas do cérebro, cada uma responsável por um tipo de reação:
- Cérebro Reptiliano (Inferior):
Atua no modo “luta ou fuga”. Quando alguém está sob estresse ou se sente ameaçado, essa parte assume o controle e as respostas são puramente reativas. - Cérebro Médio (Emocional):
É o centro das emoções — onde nascem sentimentos como alegria, tristeza, raiva ou empatia. - Cérebro Superior (Racional):
Responsável pela análise lógica, raciocínio e decisões éticas. Ele organiza as informações vindas das outras duas áreas.
Essas três partes funcionam juntas, mas sob pressão, tendem a se desconectar. E é por isso que tentar persuadir alguém que está irritado, ansioso ou sobrecarregado quase nunca funciona.
Em outras palavras: antes de vender, é preciso conectar — e para conectar, você precisa falar com o cérebro certo no momento certo.
As 35 mil decisões diárias
No livro As Armas da Persuasão, Robert B. Cialdini menciona que uma pessoa comum toma em média 35 mil decisões por dia — desde o que vestir até decisões complexas de trabalho.
Agora imagine seu cliente, sob essa avalanche de escolhas, recebendo mais uma mensagem comercial dizendo o mesmo que todos dizem:
“Temos qualidade, experiência e suporte técnico.”
Enquanto ele lida com sobrecarga, prazos e pressão interna, o seu discurso genérico simplesmente não o alcança.
Comunicação assertiva: o diferencial humano
Em um mercado cada vez mais competitivo,
vendas são sobre comunicação, e comunicação é sobre pessoas.
Por isso, o vendedor técnico que deseja se destacar precisa
estudar sobre comportamento humano, emoções e percepção de valor — porque entender o produto já não é suficiente.
Falar de forma clara, empática e adaptada à realidade de quem te ouve é o que transforma informação em conexão.
E conexão é o que gera confiança.
E confiança é o que gera vendas.
Conclusão
Se você quer que o cliente perceba o real valor do que você oferece,
precisa se comunicar com propósito, respeitando o momento e o contexto dele.
Isso é o que diferencia quem apenas “explica o produto” de quem realmente
vende soluções e constrói relacionamentos duradouros.
E lembre-se: máquinas podem reproduzir informações, mas só pessoas geram confiança.
Se quiser saber como aplicar essas percepções de forma prática no seu processo comercial, conte conosco!
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