Como conquistar um relacionamento além do preço
Sabe que um dos primeiros objetivos em um processo de venda
não é vender, mas
conquistar a confiança do seu cliente ou potencial cliente?
Afinal, se ele confiar em você,
tende naturalmente a preferir comprar de você.
Mas como criar essa confiança, especialmente em uma relação profissional muitas vezes focada apenas em produtos, serviços e contratos?
Antes do CNPJ, vem o CPF
A famosa frase “Antes do CNPJ, vem o CPF” nunca foi tão verdadeira.
No fim das contas,
são pessoas que compram de pessoas, e quando o vendedor se comunica apenas sobre especificações técnicas, prazos e preços, a relação tende a se tornar fria e distante.
Um dos erros mais comuns é restringir o relacionamento ao que envolve diretamente o negócio — o produto, o serviço ou a empresa.
Isso limita a construção de vínculo e reduz as chances de gerar empatia e confiança.
As objeções mais comuns (e o que há por trás delas)
Quando falamos sobre criar relacionamento, é comum ouvirmos objeções como:
- “Mas ele não me atende, como posso criar um relacionamento com ele?”
- “Tenho receio de ser invasivo ou parecer aquele vendedor chato.”
- “E se ele for grosseiro comigo?”
Essas preocupações são legítimas, mas quase sempre estão ligadas a um ponto central: a intenção.
Ajuste sua intenção
De acordo com o dicionário, intenção é: “aquilo que uma pessoa espera que aconteça; vontade; propósito; o que se almeja”.
Se a sua intenção for apenas bater meta ou extrair o máximo de valor financeiro de um cliente, dificilmente haverá espaço para construir confiança.
Mas se a sua intenção for ajudar o cliente a resolver um problema, entregar valor real e contribuir para o sucesso dele, a relação muda completamente.
Lembramos de um exemplo real: em uma ligação comercial, explicamos que o nosso trabalho era baseado em dar suporte e criar relações duradouras.
Tínhamos tanta confiança construída que, mesmo quando o contato era para pedir algo, o cliente nos atendia prontamente — porque sabia que o relacionamento era genuíno.
Reflexões para alinhar a intenção
Para trazer essa intenção ao seu dia a dia, reflita:
- Por que você é uma boa opção para o seu cliente?
- Se estivesse no lugar dele, como enxergaria sua proposta?
- O que você faz por ele além de vender?
- Como demonstra que se importa? E com o que, de fato, se importa?
Essas perguntas abrem um processo de autoanálise essencial para quem deseja construir relações mais autênticas e sustentáveis.
Afinidade: o elo invisível que aproxima pessoas
Depois de alinhar sua intenção, comece a
encontrar pontos de afinidade.
Pesquise sobre o cliente, observe suas redes sociais, interesses, conquistas e valores.
Esses pequenos detalhes podem abrir portas para conversas mais humanas.
Nós, naturalmente, sentimos afinidade por quem tem algo em comum conosco.
Um exemplo prático:
“Eu, Priscila, me lembro de um cliente com quem criei uma forte conexão depois de comentar que meu pai havia sido jogador de futebol.
Descobri que ele era apaixonado pelo esporte e, a partir dessa conversa, construímos uma relação leve e empática que refletiu positivamente nos negócios.”
Conclusão
Construir confiança não é sobre ser simpático o tempo todo, mas sobre
demonstrar genuíno interesse pelo outro.
É sobre lembrar que, antes de qualquer negócio, há pessoas envolvidas — com histórias, sonhos e desafios.
No fim, vender é consequência de construir relações sólidas e baseadas em propósito.
E você, já viveu uma situação em que a afinidade ou a empatia mudou o rumo de uma negociação?
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