O que procurar em um profissional de Venda Técnica?

WIAEDUCA • 31 de outubro de 2023

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Essa é uma daquelas perguntas de “um milhão de dólares” — porque o custo de uma contratação errada vai muito além do dinheiro. E embora você provavelmente já saiba disso, vale reforçar: não existe receita pronta, nem fórmula mágica.

O que existe são ferramentas e métodos que ajudam a aumentar a assertividade na contratação, e é sobre isso que falaremos neste artigo.

A metáfora do “Neymar no XV de Piracicaba”

Com frequência, encontramos gestores e empresários que buscam um “Neymar” para trabalhar em condições do Time B do XV de Piracicaba (risos).

O que isso significa?

Muitas vezes procuramos profissionais de altíssimo desempenho, mas oferecemos condições pouco atrativas — seja em estrutura, salário, suporte ou perspectiva de crescimento.
O resultado é uma busca sem fim por um “perfil ideal” que
não existe no contexto atual da empresa — e, pior, gera rotatividade e perda de tempo.

Passo 1: alinhe expectativa e realidade

O primeiro passo para uma contratação mais assertiva é estreitar a distância entre o que você gostaria e o que você comporta.

Considere três aspectos:

  • Conhecimento e formação: qual o nível técnico realmente necessário?
  • Experiência: o que é indispensável e o que pode ser aprendido?
  • Cultura e comportamento: esse é o ponto mais importante.

Muitas vezes, um profissional com menos experiência, mas com vontade de aprender, se desenvolve muito mais do que alguém experiente, porém acomodado.

Passo 2: tire o perfil da cabeça e coloque no papel

Quando o que você busca está apenas na mente, suas emoções podem distorcer a percepção sobre o outro.
Ao colocar no papel, você
torna a análise mais racional e objetiva.

Desenhe o perfil ideal com base em três pilares:

1. Conhecimento

O que essa pessoa precisa saber?
Exemplo: conhecimento técnico sobre o produto, sobre o mercado ou processos internos.

2. Habilidade

O que ela precisa saber fazer?
Exemplo: prospecção, negociação, relacionamento, fidelização, organização do funil de vendas.

3. Atitude/Comportamento

O comportamento é o fator determinante.
Mas cuidado: defina com clareza o significado de cada termo.

Por exemplo:
Você busca
iniciativa. Para você, pode significar “agir antes de ser solicitado”.
Mas para o candidato, pode significar “fazer algo somente após receber autorização”.

A falta de alinhamento nesse ponto gera conflitos, frustrações e ruídos de comunicação.

Passo 3: transforme critérios em perguntas e pontuações

A partir do perfil desenhado, crie perguntas estratégicas e até pequenas atividades durante o processo seletivo.

O objetivo é gerar evidências práticas das competências e comportamentos que você busca.

Depois, atribua pesos e pontuações a cada critério — e transforme a avaliação em um processo comparativo e mensurável, não apenas intuitivo.

Assim, você reduz a subjetividade e aumenta a clareza na decisão final.

Passo 4: dê feedback a todos os candidatos

O feedback, tanto para quem é selecionado quanto para quem não é, reforça os valores da sua empresa e mostra que você respeita o tempo e o esforço de quem participou.
Isso ajuda a fortalecer a
marca empregadora e a deixar uma boa impressão — mesmo em quem não foi contratado.

Conclusão

Contratar bem é um dos maiores desafios da liderança comercial.
Mas, ao
organizar critérios, definir perfis e alinhar expectativas, é possível reduzir erros e formar equipes mais consistentes e produtivas.

Lembre-se: o segredo não está em procurar o profissional perfeito, e sim em entender o cenário, mapear o que é essencial e criar espaço para o desenvolvimento.

Se você ficou com dúvidas sobre como desenhar esse processo ou quer estruturar melhor suas contratações comerciais, entre em contato conosco — será um prazer te ajudar!

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