Como gerir comportamento ou falta de vontade?

WIAEDUCA • 13 de setembro de 2022

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Um dos maiores dilemas que muitos gestores — mesmo os bem-intencionados — enfrentam é como lidar com o comportamento e a falta de vontade de seus colaboradores.

É natural que o gestor, ao enxergar potencial em alguém, sinta o impulso de tentar ajudar esse profissional a se desenvolver, acreditando que basta incentivo para que ele atinja seu melhor desempenho.
Mas, na prática, não é bem assim.

Ninguém muda o outro — mas pode ajudar o outro a se ajudar

De forma direta: ninguém ajuda ninguém a nada, se a outra pessoa não quiser mudar.
O que o gestor pode — e deve — fazer é
ajudar o outro a se ajudar, desde que exista um desejo genuíno de crescimento.

Pode parecer frio, mas é real.
Por trás de comportamentos de estagnação ou falta de engajamento, muitas vezes há
questões emocionais profundas: baixa autoestima, crenças limitantes, traumas, frustrações e até dificuldade de acreditar no próprio potencial.

A boa vontade do líder não substitui o desejo interno do colaborador de evoluir.
Por isso, é importante
separar o que é papel da liderança (orientar, acompanhar e cobrar com empatia) do que é papel do indivíduo (assumir responsabilidade pelo próprio desenvolvimento).

O papel da Avaliação de Desempenho no desenvolvimento da equipe

Mesmo diante desses desafios, há uma ferramenta simples e poderosa que ajuda a identificar perfis, comportamentos e oportunidades de melhoria: a Avaliação de Desempenho.

Recomenda-se realizá-la periodicamente com cada membro da equipe, criando um momento de diálogo estratégico, em que se alinham:

  • Pontos fortes e competências técnicas;
  • Comportamentos e atitudes a serem aprimorados;
  • Plano de ação individual, construído em conjunto entre gestor e colaborador.

O profissional participa do processo, reconhece suas oportunidades e assume compromisso com a própria evolução.

Como aplicar uma Avaliação de Desempenho eficaz

A seguir, um modelo prático e funcional para aplicar avaliações de desempenho periódicas de maneira estratégica:

1. Avalie técnica e comportamento

No dia da avaliação, analise tanto as competências técnicas (produto, serviço, mercado, processos) quanto as comportamentais (postura, atitude, proatividade, ética, vontade de aprender).

2. Promova uma conversa produtiva

Agende um encontro individual e traga percepções de forma respeitosa e construtiva, incentivando a autoanálise.
É importante que o colaborador perceba que o objetivo não é cobrar, mas
crescer junto.

3. Defina objetivos claros de melhoria

Escolha dois ou três tópicos principais para o profissional desenvolver nos próximos 30 dias.
Estabeleça
ações práticas e mensuráveis que possam ser acompanhadas no próximo feedback.

4. Faça um novo encontro de feedback

Após 30 dias, realize a segunda conversa.
Avalie a evolução do colaborador, os desafios enfrentados e os resultados alcançados.
Reforce pontos positivos, alinhe o que ainda precisa melhorar e
renove o compromisso de desenvolvimento.

5. Estabeleça uma rotina contínua

Repita o processo a cada 30 dias.
Esse ciclo cria uma
cultura de acompanhamento, aprendizado e melhoria constante, tanto para o colaborador quanto para o gestor.

O que observar durante as conversas

O ponto mais importante não é apenas o que o colaborador fala, mas como ele fala.
Perceba se há
genuinidade no desejo de evoluir ou se o discurso parece apenas o que você gostaria de ouvir.

Com o tempo, essa percepção se torna clara.
Profissionais realmente comprometidos com o próprio crescimento
valorizam essas conversas, pois veem nelas uma oportunidade de aprimoramento.
Já os
desengajados ou resistentes à mudança tendem a justificar a falta de ação — e é aí que o gestor precisa agir com clareza e objetividade.

Quando o desalinhamento aparece

Na prática, em até três ciclos de feedback é possível identificar se há:

  • Incompatibilidade de perfil ou cultura;
  • Resistência à mudança;
  • Ou até mesmo profissionais certos nos cargos errados.

Esses sinais permitem ao gestor ajustar rotas com rapidez, sem transformar o processo em algo punitivo ou doloroso.
O foco deve ser
profissionalizar a gestão, e não criar atritos.

Gestão é método, não milagre

A boa gestão de pessoas não depende de carisma ou sorte — depende de método, ferramentas e consistência.
Com uma
Avaliação de Desempenho estruturada, horários dedicados e respeito mútuo, você consegue aumentar o engajamento, impulsionar talentos e reduzir rotatividade.

Lembre-se: em gestão não existe pílula mágica.
O que existe é
trabalho estratégico, empatia e acompanhamento constante.

Se precisar de ajuda para implantar uma Avaliação de Desempenho profissional, conte conosco.
Temos as ferramentas e a metodologia para tornar o processo mais humano, técnico e eficiente.

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